Como canta Crioulo, o artista independe é aquele que leva a
responsa no peito, é aquele cara que se vira nos trinta, joga nas onze, reza
com um olho no padre e outro na missa e ao mesmo tempo, usa suas habilidades de
malabarismo pra manter as bolas no ar sem deixar a peteca cair. Com todas as
dificuldades que aparecem já pensei em desistir mais vezes do que se possa imaginar, mais
quando penso na minha felicidade, sei que minha motivação é intrínseca, não
necessariamente vem de dinheiro, ou reconhecimento.
Eu amo fazer o que faço e não me vejo sendo feliz fazendo outra
coisa, já até pensei em trabalhar com outra coisa, mas a ideia passa quando
penso que não vou poder desenhar, rabiscar, pintar, ou simplesmente fazer arte. Aos pouco tenho aprendido coisas sobre
propaganda, marketing, redes sociais, cadeia produtiva, e etc. Sei que isso
pode ajudar a difundir meu trabalho, mais sinto que o artista que sou fica
escondido atrás das burocracias, planilhas, contas, orçamentos, objetivos e
justificativas.
Em um sistema onde pessoas aprisionada em escritórios e
computadores perdem a vida tentando ganha-lá me liberto com o objetivo de
trabalhar integralmente com minha arte, sem precisar me envolver com trabalhos
com os quais não me identifico conceitualmente, esteticamente ou
ideologicamente; pois acredito que quem vive de arte vive livre, e esta
liberdade que preciso pra desenvolver mais ainda meu dom.
Sou um Graffiteiro, Quadrinhista, Facilitador cultural e
tudo que através da arte uma mente criativa pode fazer e transformar. Usando o
dom que o Criador me deu para fazer da arte uma ferramenta de transformação
social e espiritual. Amante da natureza eu sou o que sou e não importa o que
digam serei sempre Eu&Eu.